A
prova de Setembro marcou a entrada na segunda e decisiva metade da edição 2021 da
Liga Pistão. Sem possibilidade de realizar a prova em Vila Real pelas condições
impostas pelo kartódromo, a comitiva pistoniana deslocou-se até ao KIVIKart em
Viana do Castelo. Com os “azulinhos” Parolin/Yamaha já sem condições para
competir, a opção recaiu na desafiante junção das pistas indoor e outdoor com a
frota SODI 270 cc.
31
pilotos marcaram presença na prova que, como vem sendo habitual nesta edição,
seguiu o formato ABCD, com grelhas de 15 e 16 pilotos. Ainda a desfrutar dos
respetivos períodos de férias, várias foram as ausências, de entre as quais a
do líder do campeonato, Hugo Carvalhido. Com a possibilidade de ascender à
liderança, a manhã ganhou um “condimento extra” sobretudo para Hugo Brandão,
Mário Silva Jr. e Renato Bastos, o trio de pilotos que se encontrava mais por
perto do comando. E, de facto, nenhum deles deslustrou.
Dois
deles entraram em competição logo na manga AB. Saindo da pole position
(1.22,04), Renato fechou a corrida em P2 a +1,40s do vencedor Miguel Bento e
com cerca de 3 segundos de vantagem sobre Mário Silva Jr. (+4,46s). Miguel que fez
uma corrida soberba, recuperando lugares volta após volta depois de ter largado
da 5ª posição. Chapeau!! Na segunda
manga (CD) foi a vez do “contender” Hugo Brandão entrar em pista. Partindo de
P5 (numa grelha liderada por Camilo Silva com 1.20,00) terminou em P4, atrás de
Manuel Fonseca, Camilo Silva e António Garcia, num pódio separado por apenas
1,20s. Manuel Fonseca conseguiu assim o seu terceiro pódio do ano, ao passo que
para Camilo e Garcia foi uma estreia… mas que, para este último, não iria ficar
por aqui. Já com todos os pilotos a conhecer a pista, a terceira corrida (AC)
teve Hugo Brandão a sair da pole (1.19,99, o melhor tempo de qualificação do
dia) acompanhado na primeira linha pelo estreante João Pedro Videira (+0,28s).
De entre as quatro mangas esta foi a mais desequilibrada: Hugo Brandão nunca
viu a sua liderança em perigo, marcou a VMR do dia com 1.19,430, e ganhou com
uma vantagem superior a 10 segundos sobre Nuno Gonçalves (que saiu de P5) e
João Pedro Videira que conseguiu selar o seu primeiro pódio na LPT. Para a
última corrida (BD), e depois de marcar a pole (1.20,32), estava na calha mais
outra bela exibição de António Garcia. Miguel Bento, saindo novamente de P5,
recuperou duas posições e terminou em P3 (+4,17s), Renato Bastos recuperou em
corrida também duas posições face à qualificação e fechou no lugar intermédio
do pódio (+2,85s) e a vitória (incontestada) ficou nas mãos de Garcia que fez
uma corrida sempre a controlar a concorrência, sem nunca ter sentido os seus
“calcanhares a serem mordidos”.
Pódio Individual Final |
Na
geral individual António Garcia, fruto das suas duas vitórias, amealhou 50
pontos e ganhou a ronda, sendo seguido por Hugo Brandão (43), que capitalizou
para si os 5 pontos extra em disputa, e pelo muito consistente Miguel Bento (41).
Dos competidores à liderança do campeonato Renato Bastos fechou com 40 pontos e
Mário Silva Jr. com 18 pontos, depois de uma segunda corrida onde terminou em
P14 consequência de um kart que mostrou muitos problemas. Com 4 das 7 provas
individuais da época realizadas, e já desconsiderando as 4 piores mangas de
cada piloto, Hugo Brandão saltou para a liderança do campeonato individual com
102 pontos, tendo agora 2 “magros” pontos de vantagem sobre Hugo Carvalhido, 10
sobre Renato Bastos e 16 sobre Mário Silva Jr.
Por
equipas esta ronda foi ganha pela dupla António Garcia / Renato Afonso (66), à
frente de Hugo Brandão / Ricardo Fernandes (52) e de Miguel Bento / Lourenço
Leite (41). No campeonato, a liderança permanece nas mãos de Hugo Carvalhido /
Diogo Carvalhido (217 pontos), estando agora acompanhados de próximo por Renato
Bastos / António Costa Paulo (192) e por Mário Silva Jr. / Tiago Monteiro (176),
que trocaram de posições entre si, numa classificação também totalmente em
aberto para o que falta de campeonato.
Pódio por Equipas |
Neste
regresso ao KIVI voltou a sentir-se o mesmo problema da última visita. Um staff
extremamente reduzido, composto por um elemento na cronometragem e contacto com
a organização e apenas um outro, em modo “faz tudo” (mecânico, mudança de
lastros, controlo da pista), que era claramente inexperiente nas tarefas. Com
isso, as perdas de tempo entre mangas foi uma realidade repetida. Fruto da boa
vontade da organização e de um conjunto de pilotos (Camilo Silva, Fábio Pinto,
Nuno Ribeiro e mais uma mão cheia de “ajudantes”) que tudo fizeram para minimizar
o impacto, a manhã decorreu sem percalços a registar excetuando um almoço um
pouco mais tardio para todos.
O
próximo destino da LPT’21 será o Kartódromo Internacional de Braga, para a
realização da 5ª prova individual desta edição.
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