O ano de 2023 começou com uma inovação na Liga Pistão. De forma a potenciar a estreia dos Pistonianos nos karts elétricos e sem perder a componente competitiva que está subjacente à paixão pelo karting, foi utilizado um modelo de prova diferente do habitual, ao qual, “pomposamente”, se deu o nome de TAÇA PISTÃO.
Pistonianos presentes em Vila Nova de Paiva |
Com 20 pilotos a rumar ao centro do país, e numa manhã soalheira mas completamente gélida em Vila Nova de Paiva (1oC pouco antes das 10h), a primeira ida à pista foi logo para “matar a curiosidade” do que seria conduzir um kart elétrico. E rapidamente se viu que existiria algo de diferente pois não foram nem 1 nem 2 os piões que aconteceram nas primeiras travagens!
Divididos em 3 grupos, a qualificação foi somente de 1 volta e cada corrida teve a duração de 6 minutos. Isto para garantir que as baterias suportavam uma utilização sem falhas durante esta primeira fase da competição. No grupo A, Renato Bastos fez a pole e ganhou a corrida, à frente de João Brites e de Pedro Gil Moura. Na B foi Luís Duarte a repetir a receita, ganhando sobre Marco Silva e João Machado. Por fim, no grupo C, os três primeiros da qualificação mantiveram a posição em corrida: ganhou Eduardo Favilla à frente de Pedro Pinto e David Simões. A “VMR elétrica” foi de 51.416 fixada por Luís Duarte.
Grelha corrida A "elétrica" |
Grelha corrida B "elétrica" |
Grelha corrida C "elétrica" |
A 2ª parte da manhã foi uma réplica da anterior só que com a utilização dos habituais karts a combustão. No grupo A, pole e vitória para João Brites, no B, Luís Duarte ganhou novamente, e, no grupo C, foi também uma repetição da vitória de Eduardo Favilla. A VMR em combustão foi de João Brites com 52.348, o que marca uma diferença de praticamente 1 segundo mais lenta face à VMR nos elétricos. Ganho esse dos elétricos que se reflete não tanto em termos de velocidade de ponta mas pela eficiência de travagem e pela colocação da potência no chão à saída das curvas.
Depois de ordenada a classificação, a fase seguinte da competição assentou numa divisão dos pilotos para duas corridas em karts a combustão: uma com os pilotos situados nas posições ímpares e outra com os pilotos das posições pares. Com a pontuação a ditar a posição na grelha, na corrida ímpar ganhou João Brites sobre Favilla (que partiu da pole) e David Simões. Na corrida par, Luís Duarte manteve a pole position e foi o primeiro a ver a bandeirada de xadrez à frente de Renato Bastos e Rui Simões.
Para finalizar a manhã estavam previstas as duas finais novamente com os karts elétricos. No entanto, um alegado problema com o quadro impediu que se efetivasse com sucesso o carregamento das baterias após a primeira utilização. Assim, vimo-nos na necessidade de ter que fazer ambas as finais nos karts a combustão. Com uma adaptação da pista para uma versão maior e com a duração de prova aumentada, foi a final B a primeira a acontecer. Ganhou António Bompastor com Marco Silva em p2 e António Costa Paulo em p3. Na “final principal”, Luís Duarte, saindo da pole, terminou em terceiro, Renato Bastos fechou em segundo após recuperar dois lugares face à grelha, ficando a vitória e a VMR da corrida, bem como a geral da Taça para João Brites.
Pódio Taça Pistão |
Feitas as contas foi o pontinho extra da VMR da final a entregar esta 1ª edição da Taça a Brites. Com 47 pontos superou Luís Duarte (46) por 1 único ponto e, com 43, Eduardo Favilla ocupou o lugar mais baixo do pódio final.
Classificação final Taça Pistão |
Sendo uma manhã que ficou a saber a metade pelo facto de não ter sido possível repetir a dose dos elétricos, o principal objetivo foi cumprido com sucesso: todos os pilotos tiveram a oportunidade de experimentar estes novos karts, com um tempo de condução “minimamente aceitável” e com a possibilidade de opinar com propriedade sobre as vantagens e desvantagens de uns face a outros!
Em breve estaremos de volta: a Liga Pistão, na sua 14ª edição, inicia-se em Fevereiro no Kartódromo do Cabo do Mundo.
Até lá!!
Renato Bastos
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