Depois de dois anos em que saímos da TIT com o sentimento de satisfação e dever cumprido, esta 21ª edição da grande festa do karting amador português foi desportivamente aziaga para as cores da Liga Pistão.
Em ano de prova a sul do país e regressada à “data original” (último sábado de janeiro), a ida até ao Campera Karting, no Carregado, já se previa bastante desafiante. Numa pista desconhecida para todos, apostámos numa ida de véspera para potenciar o tempo de treino e adaptação. Uns de manhã, outros de tarde e outros já de noite, com exceção de Pedro Pinto (que só fez a viagem na madrugada da prova) todos fizemos o reconhecimento possível da pista e das suas “artimanhas”. De fora parecendo mais fácil do que aquilo que é, tem bastante que se lhe diga. Técnica q.b., os erros cometidos pagam-se caro.
Com um formato reajustado face às últimas edições, as primeiras 6 mangas juntaram as mesmas posições de representação de todos os troféus. Os números 1s de todos os troféus correram na 1ª manga, seguidamente dos números 2s, e assim sucessivamente. Deste primeiro bloco destacam-se as prestações de Mário Silva com um 2º lugar (a melhor classificação do dia) e um 5º lugar de Lourenço Leite, culminando num 10º lugar provisório para a LPT.
As segundas mangas de cada piloto foram as mais penalizadoras em termos classificativos: nenhum top-10 foi conseguido e, consequentemente, caímos para o 12º lugar após 11 corridas. No último bloco de 5 corridas mantínhamos reais esperanças em colocar dois pilotos nas meias-finais onde “cabiam” os 36 mais pontuados das 16 mangas: Mário e Lourenço. O primeiro a ir à pista foi Mário Silva que, depois de qualificar em p3, fechou em p4, carimbando a passagem com muita classe. Na última manga (já com noite bem caída) Lourenço Leite precisava de repetir o top-5 da sua primeira corrida, no entanto, fechou com um p11, hipotecando as suas hipóteses.
Renato Bastos, Camaz Moreira, João Machado e Pedro Pinto tiveram uma prestação abaixo das expectativas. O melhor que Renato conseguiu foi um p9 na “manga dos campeões”, perdendo fulgor ao longo do dia; Camaz, Machado e Pinto não conseguiram finalizar nenhuma das suas corridas no top-10. Fechadas as 16 mangas de apuramento estávamos em 13º lugar de entre as 15 equipas participantes.
Já com o foco e as esperanças totalmente depositadas em Mário Silva, a qualificação da sua meia-final rapidamente mostrou o “fado” dessa corrida. Talvez com o pior kart da frota, com um défice tremendo de desempenho, os 5 minutos de qualificação foram todos eles passados no último lugar e com a “garantia visual” de quem estava de fora que o kart claramente não dava para mais. Foi uma corrida de sacrifício, sem expectativa de atingir o top-9 que garantia a final, e que redundou num ganho singelo de 1 posição, terminando a participação da LPT nesta TIT com um p17 entre os 18 pilotos.
Fechadas as contas com 146 pontos e um 13º lugar entre 15 troféus, não se pode considerar uma prestação desportiva positiva. Sabendo-se à partida que o desafio era grande, a expectativa passava por aproximar o mais possível do top-10. Infelizmente não deu ... mas há coisas que superam o desporto.
E foi esse o caso já no "final de festa" com a entrega do troféu Fair Play ao nosso campeonato. Em homenagem ao saudoso Nuno Cariano, este prémio distinguiu a nossa equipa depois de um dia em que não tivemos qualquer penalização em pista e que, como é nosso apanágio, tudo fizemos por criar o melhor ambiente possível, conversando com tudo e todos e potencializando o ambiente o mais salutar possível entre todos quantos partilham a paixão por este "nosso" hobby.
Por fim, endereçamos os parabéns à PS&A que conquistou por uma margem assombrosa (e sem qualquer discussão) a sua 5ª TIT do palmarés, fechando com um triplete na final, e repetindo assim a vitória do ano passado no Cabo do Mundo.
Se a normalidade se mantiver, retomaremos em 2024 os caminhos do Norte do país para a XXII edição da Taça Inter Troféus. Até lá!!!
Renato Bastos
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