17 outubro 2022

João Machado / Luís Duarte conquistam a Batalha


Mais de meio ano depois da primeira corrida das mini-resistências de 1H que aconteceu no icónico Kartódromo de Baltar, as duplas voltaram à pista numa pouco tradicional viagem à zona Centro do país. Foi a estreia do Kartódromo da Batalha (Euroindy) em eventos LPT.

Briefing

Num formato de 15’ qualificação e 60’ minutos de corrida, o esquema de prova baseou-se na obrigatoriedade de 3 paragens na box com mudança, também ela obrigatória, de piloto e kart em cada uma dessas idas. Face a Baltar foi possível introduzir algumas alterações, todas elas para melhor: mais 5’ de qualificação; peso de conjunto kart + piloto de 245kg no início de cada turno; fila de karts em box; e reajuste das bonificações para os melhores tempos em box.

Com 10 duplas em pista e 6 delas a pontuar para a classificação do campeonato, com muito desconhecimento do traçado, ao que se juntou uma noite húmida e manhã com o seu quê de chuviscos, a sessão de qualificação serviu sobretudo para a maioria “tomar o pulso” e aprender a pista.

Pré-grelha

A pole (47.644s) ficou nas mãos do já habitué pistoniano João Machado que, convidando Luís Duarte para fazer parelha, mostrou depressa (e bem) ao que se estava a candidatar para esta prova. Em segundo lugar ficou a equipa de Camaz Moreira (47.994s) que, por ausência do seu parceiro António Bompastor, teve o bracarense Marco Silva a partilhar kart, naquela que foi a sua estreia na LPT. Em P3 (48.188s) saiu a dupla Renato Bastos / André Andrade (em substituição de Hugo Brandão) e em P4 (48.322s) largaram Miguel Bento / Pedro Costa. Os até então melhor posicionados do campeonato (Hugo Carvalhido / Nuno Ribeiro) saíram da penúltima posição mas cientes de que “o que interessa é como acaba e não como começa” e que tinham que aproveitar a ausência das duas duplas que lideravam a tabela!

Luís Duarte / João Machado

Marco Silva / Camaz Moreira

Numa prova de tão curta duração, com turnos perfeitamente desfasados entre equipas e muita movimentação de box, não fica nada simples contar a história da corrida. Ainda assim, foi completamente incontestada a vitória da dupla Machado / Duarte. Desde a bandeira verde até à bandeira de xadrez (incluindo os momentos de troca) a liderança da corrida esteve sempre nas suas mãos. Largou Luís Duarte, esticou o turno até meio da prova espremendo o seu kart com mestria, tendo entregue uma liderança tranquila a João Machado. De meio em diante “foi só gerir”, vencendo a corrida com uma vantagem de praticamente 20s. Em recuperação da sua largada em P6, a PS&A, representada pelo tricampeão pistoniano Pedro Soares (2011/12/13) e pelo 2x vice-campeão André Martins (2016/17), foi galgando posições até terminar na posição intermédia do pódio. Renato Bastos e André Andrade passaram a corrida num sobe e desce, tendo, no entanto, terminado na mesma posição em que partiram, P3, a pouco menos de 5s da PS&A. Em 4º lugar ficaram Camaz Moreira / Marco Silva e em 5º lugar Hugo Carvalhido / Nuno Ribeiro, que marcaram a VMR da corrida (47.834s) pelas mãos do bi-campeão Carvalhido.

André Andrade / Renato Bastos

Diogo Carvalhido / Mário Couet

Entre bonificações e penalizações, muito pouco mudou na classificação final. Das 30 trocas realizadas em corrida, para um tempo alvo de 2.30.000, apenas uma delas incumpriu o tempo limite (2.07.836, na segunda troca dos estreantes Zé Miguel / Vítor Fernandes), ficando o “recorde” da manhã para a paragem mais eficaz na mão de dois dos Pistonianos mais assíduos dos últimos tempos: 2.30.054 foi o tempo com que fechou o cronómetro da primeira troca de Ricardo Fernandes / JP Videira. Quais relógios suíços!

Pedro Soares / André Martins

Ricardo Fernandes / João Pedro Videira

Com as duas primeiras classificadas a não pontuarem para o campeonato por equipas por não se terem constituído no início da temporada, os 300 pontos da vitória caíram no regaço da equipa de Renato, seguido pela equipa de Camaz Moreira (250 pts + 25 pole), com Carvalhido / Ribeiro (a primeira dupla “completa e original”) a marcarem os 200 pts relativos à terceira colocação aos quais juntaram 20 da VMR.

Eduardo Ribeiro / Bruno Fernandes

Nuno Ribeiro / Hugo Carvalhido

A tabela do campeonato sofreu assim alterações drásticas. Com Radi / Coelho sem pontuar, a queda foi da 1ª para a 4ª posição. Igualmente ausentes, Reinaldo / Pinto tiveram o mesmo destino e baixaram de 2º a 6º. Carvalhido / Ribeiro (991 pts) mantêm-se na 3ª posição mas coladíssimos ao topo da tabela, agora encabeçada por Renato / Brandão (1013 pts) seguidos por Camaz / Bompastor (1010 pts).

Zé Miguel / Vítor Fernandes

A terceira e última mini-resistência do ano será igualmente num destino diferente do habitual, com ida marcada até Leiria no dia 4/dezembro. Até lá será finalizado o campeonato individual com as provas em Braga (30/outubro) e no Cabo do Mundo (13/novembro).

PÓDIO final

Por último, mas não menos importante, uma palavra de agradecimento a todos os pilotos presentes, com especial destaque para estreantes e regressados, pela forma tranquila (mas bem disputada) como decorreu a manhã e … como entrou pela tarde, para quase todos, excelentemente bem acompanhados pelo arroz de tomate do Manjar do Marquês! Obrigado a todos pelo convívio e partilha. É isto que nos faz “crescer”!

Tabela Classificação por Equipas após Ronda 2 EQUIPAS | Batalha

 


Ficha de prova | Ronda 2 EQUIPAS | Batalha